A estação mais fria do ano tem como característica o clima seco e a baixa umidade do ar, deixando as pessoas ainda mais vulneráveis aos fatores que causam as doenças oculares de inverno.
Nesse período, além da maior concentração de poluentes no ar, os olhos perdem um pouco de sua lubrificação natural devido à evaporação da camada aquosa da lágrima.
Inicia-se a temporada de visitas aos consultórios oftalmológicos devido à irritação ocular, ou os olhos vermelhos, sintomas que se manifestam em várias pessoas.
Dentre os principais problemas oculares estão: As alergias, conjuntivites e a síndrome do olho seco.
Alergias
As respostas exageradas do organismo a uma determinada substância, chamada de alérgeno são reações alérgicas que acometem os olhos ou as estruturas próximas a ele, como as pálpebras.
Geralmente as alergias oculares são causadas por fumaça, ácaros, etc.
Podem ser os sintomas: olhos vermelhos, coceira, lacrimejamento, ardência, fotofobia e irritação.
Por mais que qualquer pessoa possa desenvolver uma alergia ocular, o número maior de casos acontece em portadores de rinite alérgica, asma ou alergias de pele.
O tratamento da alergia ocular é simples: basta afastar a substância que produziu a reação alérgica.
Depois, é imprescindível que se procure um alergista e um oftalmologista para combater a resposta do organismo como um todo.
Conjuntivite
Trata-se de uma inflamação na conjuntiva (branco do olho) e pode se manifestar de três formas: alérgicas (a mais comum), virais e bacterianas.
A conjuntivite alérgica não é contagiosa e o principal sintoma é a coceira. Já a conjuntivite viral, inicia-se com olho vermelho e incômodo em um dos olhos e depois de alguns dias afeta o outro olho, pois é altamente contagiosa. Normalmente o causador da doença é o adenovírus, (mesmo vírus da gripe comum), portanto, o paciente com conjuntivite pode estar com gripe ou com a imunidade reduzida.
O Tratamento depende do diagnóstico, mas geralmente é feito com soros fisiológicos; em casos virais ou bacterianos, com colírios com antibióticos apropriados.
Síndrome do olho seco
Trata-se de uma doença ocular crônica caracterizada pela diminuição da produção de lágrima ou deficiência em algum dos seus componentes, ou seja, pouca quantidade ou má qualidade da lágrima.
Fatores como baixa umidade do ar, ambientes fechados, ar condicionado e altas concentrações de poluição atmosférica contribuem para a Síndrome do Olho Seco.
Aquela roupa que fica guardado no armário o ano inteiro esperando o inverno chegar pode ser um dos responsáveis pela aparição das doenças oculares, pois tempo seco proporciona e facilita a dispersão de ácaros presentes nos sapatos, roupas e casacos que ficaram guardados por muito tempo no armário. Antes de usá-los, lave-os e exponha-os ao sol.
Além de consultas oftalmológicas, medidas simples diárias podem garantir melhor qualidade de vida:
(Fonte: Revista Veja Bem).
– Antes da chegada do inverno, faça a lavagem e a secagem de mantas, cobertores e blusas de lã guardadas por muito tempo;
– Evite o acúmulo de poeira em casa e ambientes climatizados. Durma em local arejado e umedecido;
·- Lave com frequência o rosto e as mãos, principalmente antes e depois do uso de colírios ou pomadas, uma vez que estes são os meios importantes para a transmissão do microrganismo;
– Não compartilhe toalhas de rosto, esponjas, rímel, delineadores ou qualquer outro produto de beleza;
– Evite objetos que acumulem poeira, como: cortina, carpete, tapete, bicho de pelúcia, documentos antigos, livros etc;
– Evite a exposição a agentes irritantes como fumaça e/ou alérgenos como pólen, poeira, pelos de animais e cloro de piscina;
– Mantenha o filtro do ar condicionado sempre limpo;
– Quando estiver com conjuntivite, não utilize lentes de contato e não coce os olhos, para evitar irritações.
Fots/imagem: internet/reprodução